Após o nascimento do Bitcoin, surgiram centenas de altcoins, como é o caso do Monero, que vieram apresentar novas soluções e progressos partindo da mesma base tecnológica, a blockchain.
Essa moeda, presença habitual do top 20 do ranking do Coinmarketcap, é uma das concorrentes ao Bitcoin graças as suas características particulares.
Acima de tudo, é uma moeda focada em privacidade, utilizando encriptação para tornar as suas transferências anónimas.
1. O Que É Monero?
Em outubro de 2013, Nicolas van Saberhagen publicou o whitepaper da CryptoNote que foi apresentado como uma solução mais viável às transações P2P feitas com o Bitcoin.
O CryptoNote é o protocolo por trás de algumas criptomoedas, e o seu foco é a segurança e o anonimato dos usuários.
Essa tecnologia começou por ser criada em prol da Bytecoin, criptomoeda que rapidamente se viu com alguns entraves no progresso.
Decidiu-se então que a blockchain da Bytecoin fosse dividida (um hard fork). Daí nascem várias criptomoedas, como o Bitmonero, que posteriormente evoluiu para Monero (XMR).
2. Como Funciona o Monero?
A maioria das criptomoedas, Bitcoin e Ethereum incluídas, trabalham sobre blockchains transparentes. Tal significa que as transações são verificáveis e rastreáveis por qualquer pessoa na rede.
Assim sendo, as chaves públicas que partilha quando faz uma transação podem vir ser associadas a você.
Por exemplo:
1. A Ana tem uma chave pública: “123abc”.
2. A Ana transfere dinheiro para o Tiago, que recebe esse valor associado ao endereço “123abc”.
3. Se o Tiago souber que foi a Ana que fez essa transferência, ele fica sabendo qual a chave pública dela, tendo acesso a todos os registros desse endereço na blockchain.
- Atenção: apesar das diferenças nas questões de anonimato e rastreabilidade, tanto o Bitcoin como o Monero usam o mesmo algoritmo de consenso, o proof of work (PoW).
2.1 Criptomoeda Completamente Anônima
O Monero usa uma tecnologia de encriptação de assinaturas digitais, designada ring signatures. Na prática, as ring signatures “confundem” as chaves públicas dos usuários, eliminando a possibilidade de os identificar.
Ou seja:
Voltando ao exemplo anterior, a chave pública da Ana altera-se após a transação para o Tiago. Na próxima transação da Ana para o Tiago, ele não terá como reconhecer o remetente, visto que a chave dela deixou de ser “123abc”.
Da mesma forma, não existe a possibilidade das transações da Ana serem rastreáveis na blockchain dessa criptomoeda.
3. Valor do Monero (XMR)
Desde a sua criação, o percurso do Monero até aos dias de hoje foi bastante volátil, à semelhança do que acontece com a grande maioria das criptomoedas.
No dia do seu nascimento, em maio de 2014, um XMR custava US$ 2,47. Desde então seu preço já atingiu os máximos e mínimos históricos de US$ 495 e de US$ 0,31 respectivamente.
Monero teve um 2020 surpreendente!
Essa criptomoeda conseguiu um dos melhores desempenhos do ano ao valorizar 248%, terminando o ano a valer cerca de US$159.
Apesar de ainda estar longe do seu melhor, essa valorização deixa boas perspetivas para 2021.
4. Onde Comprar Monero no Brasil
Existem diversas plataformas para investir em Monero, entre as quais destacamos as seguintes opções.
4.1 Investir em Monero em Uma Corretora
Plataformas de investimento online como a XTB fornecem ferramentas chamadas CFDs.
Com CFDs você pode lucrar tanto com as subidas como com as descidas do preço das criptomoedas, ao contrário de outras opções. Esse é dos poucos tipos de investimento em que isso efetivamente acontece.
Ao investir por meio da XTB descarta-se a necessidade de configurar carteiras virtuais (wallets) para manter as suas criptomoedas seguras, e o processo de compra e venda torna-se bastante simples.
4.2 Comprar Monero em Uma Bolsa
Se, por outro lado, os problemas técnicos não lhe desmotivam, você pode optar por comprar Monero diretamente em uma Bolsa de criptomoedas como a Binance, sendo que, nesse caso, ficará mesmo na posse da criptomoeda.
Se estiver pensando em utilizar Monero para fazer/receber pagamentos ou para trocar a moeda entre exchanges, essa é a opção recomendada.
5. Carteiras de Monero
Para guardar seus XMR de forma segura você pode usar a carteira (wallet) da própria criptomoeda. Dessa forma, você garante que está usufruindo dessa moeda de forma segura e que os seus dados não são partilhados com nenhuma terceira entidade.
São apenas 5 passos e bastante simples de se seguirem:
Passo 1: fazer o download e a instalação do software. Para isso basta ir à página de downloads do Monero e selecionar o aplicativo que se adequa ao seu sistema operativo.
Passo 2: selecionar a língua.
Passo 3: Selecionar o tipo de carteira.
Passo 4: escolher o nome da carteira e guardar a chave privada que lhe for atribuída!
Passo 5: Definir um password.
E pronto!
Assim que clicar em abrir carteira (open wallet) você vai poder finalmente começar a receber, a enviar e a armazenar XMR!
Atenção: você não consegue converter XMR para Reais, Euros ou outra moeda fiat através da wallet. Para isso terá que usar uma exchange como a Binance.
6. Conclusão
Vários indícios apontam para o fato de que o futuro que se aproxima tende para uma sociedade mais aberta e descentralizada.
As caraterísticas de privacidade dessa criptomoeda deram a ela um grande destaque inicial, pois foi das primeiras criptomoedas a oferecer um anonimato e privacidade que não é possível no Bitcoin.
Mesmo já existindo outras alternativas para isso, o Monero mantém-se forte na comunidade, tornando-a uma excelente candidata para ter sucesso no futuro desse mercado.
Dúvidas Frequentes
Monero é uma criptomoeda que usa uma tecnologia de encriptação de assinaturas digitais, designada ring signatures. Na prática, as ring signatures "confundem" as chaves públicas dos usuários, eliminando a possibilidade de os identificar.
No dia do seu nascimento, em maio de 2014, um XMR custava US$ 2,47. Desde então seu preço já atingiu os máximos e mínimos históricos de US$ 495 e de US$ 0,31 respetivamente.