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Existem vários indícios que o próximo capítulo na evolução da Internet of Things (IoT) vai ser afetado por uma nova tecnologia.
Foi assim com o TCP/IP, o protocolo que possibilitou a criação da internet, do e-mail e da world wide web que conhecemos hoje em dia.
A nova tecnologia agora em questão é a Tecnologia de Registro Distribuído (do inglês Distributed Ledger Technology), também conhecida como blockchain. Ela é uma base de dados descentralizada, com informações armazenadas em uma vasta rede de computadores pelo mundo todo.
E um dos elementos mais preponderantes dessa nova tecnologia é os Smart Contracts.
1. O Que São Smart Contracts?
Inicialmente proposto por Nick Szabo em 1997, foi definido pelo próprio como “um conjunto de promessas, especificadas em formato digital, incluindo protocolos que possibilitam que as partes contratantes executem as promessas feitas”.
Os Smart Contracts usam a lógica “se…, então…” (do inglês if/then) para criar contratos digitais que se autoexecutam, que autorreforçam e que são contingentes.
Para simplificar, vamos comparar essa tecnologia a uma máquina automática de vendas.
Normalmente para comprar um terreno é preciso passar por advogados, cartórios ou agências imobiliárias, pagando a cada um deles para conseguir obter o documento que me torna o dono legal daquele terreno.
Com Smart Contracts, você coloca o montante de Bitcoin na máquina de vendas (nesse caso a blockchain) e recebe o respectivo documento que o torna proprietário de um terreno ou de qualquer outro tipo de propriedade.
Os Smart Contracts não só definem regras e sanções que envolvem um acordo, mas também reforçam e aplicam essas regras ou sanções automaticamente.
Uma vez desenvolvido, o Smart Contract é encriptado e guardado na blockchain, sendo partilhado com os computadores que fazem parte da rede, que verificam a legitimidade do contrato.
Embora partes do Smart Contract sejam públicas, a encriptação previne qualquer um de acessar os seus conteúdos, até um excelente hacker.
2. Vantagens dos Smart Contracts
Com Smart Contracts sendo executados na blockchain elimina-se a necessidade de intermediários para supervisionar e para tratar de transações, o que reduz fortemente os custos e os tempos de espera.
A autonomia, a descentralização e a autossuficiência inerente aos Smart Contracts abrem portas a um novo espectro de negócios inovadores e que possam melhorar negócios já existentes.
Prova disso é o sucesso do Ethereum, que é uma plataforma em que qualquer um pode criar uma criptomoeda (ICO – Initial Coin Offer), que por sua vez usa os Smart Contracts na blockchain do Ethereum.
3. Conclusão
A digitalização de recursos e de negócios é uma tendência crescente que foi possível graças ao surgimento de determinadas tecnologias.
Um exemplo dessa tecnologia é a Internet. Hoje não só usamos a Internet, mas praticamente vivemos com ela. Para muitos cidadãos de países desenvolvidos é quase impossível viver sem ela.
A blockchain está dando os seus primeiros passos, mas veio mesmo para ficar.
Os Smart Contracts são uma ferramenta inovadora, que traz vantagens que estão revolucionando e melhorando a maneira como os negócios e a prestação de serviços ocorrem hoje em dia.
Atualmente ainda são poucos os programadores que sabem trabalhar com a blockchain. No entanto vai se tornar cada vez mais fácil escrever Smart Contracts e aplicá-los em casos reais.
Primeiro porque há um aumento da procura por esse serviço. Depois porque existem plataformas, como o Ethereum criando infraestruturas que facilitam a criação de aplicativos usando essa tecnologia.
Marcela conheceu o Bitcoin em 2012 e ficou fascinada com a tecnologia. Desde então tem estudado o potencial das criptomoedas e a forma como podem mudar a sociedade. Hoje divide o seu tempo entre a escrita e a gestão do seu portfólio, composto majoritariamente por criptomoedas e por ações.
